DICHÉ

Ó Diché em tudo amada

Olhos vendados a tudo olha.

Que tuas mãos não falhem ao justo

E que sob teu manto repouse a quem te busca.

Diché! Diché!

Teu nome gritam os aflitos

Buscam-na os perseguidos e açoitados.

Diché!, Diché!

É a ti que clama a mãe sobre o corpo do filho

É a ti que implora a víuva desamparada.

Diché, amada deusa,

Não deixes a descoberto o negro humilhado

E decepe as mãos daquele que assassina a juventude.

Diché, ouça o silêncio do encarcerado

E cale aquele que do trono manda prender.

Diché, nada mais além da justa medida.