PERDIDA

Medidas insanas buscando resolver coisas impossíveis,

sem perspectivas concretas.

Secas,

cálidas,

meticulosas,

frias.

Irremediáveis coisas que se posicionam onde não deveria haver nem mais um momento de dor.

Se não me queres porque achas que não me merece,

como te avalias a ti mesmo nesse contexto?

De onde essa ideia de que sou melhor?

Vidas vagas,

paralelas,

sem necessidade de tanta solidão...

Intrínsecas vontades,

introspecção vã.

Pra onde ir?

Não há caminho.

Quem vai saber dizer se cada palavra é verídica,

como saber isso?

Espalha contos,

espalha sonhos,

espalha sons pelo ar.

Verdades são na verdade pontos de vista,

não há verdade de verdade.

Deixa eu dizer a minha.

Explico.

É que pra mim não sou melhor,

não sem você.