Mistério

Sururina assobiou na mata/

Folhas secas andam descalças/

Pássaros recantam a tarde/

Calor arde nos galhos/

Versam as flores perfumes de malta,

Água da fonte sussurra silêncio por entre as pedras;

É a brisa corrente,

Que valsa a palha,

Buriti agasalha o filho do sabiá.

Tem, tem coisa no ar.

O remo aceso no leito do rio,

Feri mais não mata.

Mais um homem que passa.

Candeeiro aceso/

Olhos atentos/

Menino travesso.../

Aqui, acolá.../

Vaga – lume na espreita/

Acende apaga.

É chuva chegando/

Hino da passarada.

Mais um dia/

Que tudo se cala./