Das inutilidades

A voz mansa sempre,

o gesto meigo,

passou pela vida

como a querer consumi-la

em todos os seus momentos.

Engano puro...

Veio a época das inutilidades

E mais que todos

os demais terrenos úteis,

o inútil foi demarcado,

sentenciado e descartado...

Passou pela vida

sem ter visto,

sentido,

amado

NADA.

Passou, simplesmente,

sumindo qual escuridão

ao raiar de um dia;

deixando à sombra da ação

a reação da eternidade.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 04/11/2014
Código do texto: T5023222
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