saudade

A saudade

É uma porta que se abre

E o passado

Bem na frente da gente

Vem logo e nos abraça.

Vem os cheiros

Vem os perfumes

E todos aqueles risos e carinhos,

Como golpes de faca,

Dilacerando a alma

Em cortes tão profundos

E duradouros

Fraquejando as pernas

Me tirando o gosto

E o gozo...

De que vale a vida?

Ah saudade cruel...

Impiedosa e sorrateira

Engana-me

Com a doçura de uma lembrança,

Convida-me a viver de novo

Mas me envenena,

Me mata aos poucos

De angústia e ansiedade.

Mas se morro todos os dias um pouco,

Na esperança também renasço.

Se morro de saudade, chorando.

Espero sorrindo o reencontro.

Leda Gaivota
Enviado por Leda Gaivota em 03/11/2014
Reeditado em 27/11/2014
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