Lascivos
Quando me exibe, assim, sua língua, colorida
Por arabescos, por afrescos, sei o que insinua,
Ato seguinte, começa a se despir, pondo-se nua,
E me convida a, junto consigo, viver a vida.
E nossas línguas se entrelaçam em dolente beijo,
Procurando-se, mútuas, antes que a outra fuja,
Para o local ermo, onde dormem as corujas,
Em que nos saciamos deste insaciável desejo.
Lasciva, percorre todo meu corpo com sua língua,
Enquanto eu, ávido, também devasso todo o seu,
Sugando-o, sem saber o que é seu ou o que é meu,
Nesta plena troca de eflúvios que não se míngua.
Voamos juntos para nosso recôndito distante,
Encontrados nas junções do côncavo e convexo,
Perdidos, talvez, em meio aos anseios deste sexo,
Que desfrutamos, lascivos, neste sublime instante.
Quando me exibe, assim, sua língua, colorida
Por arabescos, por afrescos, sei o que insinua,
Ato seguinte, começa a se despir, pondo-se nua,
E me convida a, junto consigo, viver a vida.
E nossas línguas se entrelaçam em dolente beijo,
Procurando-se, mútuas, antes que a outra fuja,
Para o local ermo, onde dormem as corujas,
Em que nos saciamos deste insaciável desejo.
Lasciva, percorre todo meu corpo com sua língua,
Enquanto eu, ávido, também devasso todo o seu,
Sugando-o, sem saber o que é seu ou o que é meu,
Nesta plena troca de eflúvios que não se míngua.
Voamos juntos para nosso recôndito distante,
Encontrados nas junções do côncavo e convexo,
Perdidos, talvez, em meio aos anseios deste sexo,
Que desfrutamos, lascivos, neste sublime instante.