@ENCONTRO VII - Há sempre uma canção em movimento.

Recolho a tarde

nos olhos em crepúsculo,

defino meu rumo

na encruzilhada do dia-noite,

caminho...

Me fascina o vermelho

do horizonte,

o dia vivido...

Confesso a mim,

confesso ao tempo,

confesso ao vento,

dou vida aos sonhos...

Ouço a balada do mar,

as notas infinitas,

o desabrochar

da flor, da noite...

No mormaço

do final do dia,

na distância

entre eu-terra-céu,

sinto...

Há sempre uma canção em movimento,

na metáfora

do dia que se entrega,

da noite que se projeta,

do homem que recolhe seus medos

e dorme suas esperanças ...