DESABAFO DE UM SOLITÁRIO BÊBADO
DESABAFO DE UM SOLITÁRIO BÊBADO
Madrugada, ou inicio de noite?
Não sei mais que horas são agora.
Como não sei com quantos corpos tive...
Morenas, negras, brancas, jovens coroas...
Quero companhia, mas elas querem outro eu.
Querem um palmo de carne pulsátil
Uma língua que explora e libera a libido
E a pessoa atrás do palmo de carne sofre...
Assim como o desfecho é o gozo
O desfecho no escuro é a lagrima...
Vejo meu What apps os convites
Todos são para o amante ou para o pau
Para a pessoa por de trás não há convite
Queria fica deitado vendo um filme na TV
Ser mimado e cuidado como sempre eu faço
Não me preocupar com o que eu faço de melhor
Cuidar, pois quero ser cuidado apenas.
Um sucesso de convites para o gozo físico
Nenhum para o gozo pessoal de carinho
Querem o pedaço de carne que pulsa e lateja
Mas ando trocando tanto de corpos.
Talvez esteja trocando mais de corpos do que de cueca
Tem àquelas que eu guardo o nome
Tem aquelas que eu guardo a cicatriz
Tem aquela que nada guarda foi só gozo
Meu pedaço de carne esta esfolado
Quero alguém que não me veja como matéria
Como uma moradia fácil na crise
Quero carinho e amor e isso abrira portas
Adoro sexo e uma putaria a dois...
Mas quando se perde o nome se perde a razão
No café da manha uma gata ao invés do nome
Quem será ela que eu possui com fervor
Estou esperando o valium fazer efeito
O vinho, caipirinha e cerveja fizeram o seu trabalho.
As hemorragias da semana fizeram o seu trabalho
O 5 fu que vem e me destrói aos poucos também
Também fez o trabalho de me sugar.
Meu nariz cheio de papel higiênico não para
Queria um cafuné resta meu dragão branco
Resta meu corcel negro de três patas...
Resta a lagrima na face pela dor da solidão
Ou seria pela dor de desistir do que me faz mal
O horizonte sumiu de minha visão o sangue não para
A compressa gelada não surte efeito
Resta publicar o desabafo antes de ir ao São Francisco
Choro não pela dor e nem pelo sangue choro pela solidão
André Zanarella 02/11/2014 sem correção