OLIMPO DOS POETAS
A poesia é uma janela
Em que o poeta se debruça
Com os olhos de quimera
Pra ver no quintal do mundo
Numa grande aquarela
Um sol de cor impossível
Um céu de brilho incapaz
O clamor dos esquecidos
O lado oculto da paz
Os desejos escondidos
Os seios da liberdade
O sorriso da mentira
A esperança da verdade
E enquanto a janela gira
O vento que o inspira
Transporta-o além das horas
E carrega seu pensamento
Para um vale encantado
Onde o deus dos poetas mora.