equívoco macho
...e eu que vivi da ilusão de que ser macho me bastaria
de que a violencia contra a mim mesmo se delinheava sob as sombras pútridas dos equívocos de que ser homem era o que não sou...
oh sangue-suga,
verme,
vampiro,
das funestas rédeas atrevidas hipócritas
atreladas aos corredores enferrujados
pelo tempo verborrágico nutrido dos esquemas deprimentes
das solicitudes magnânimes, unânimes, perenes...
provincias bastardas com seus verbos alados
aos resquicios mesquinhos
com suas asas sem páreos...
oh equívocos soturnos, moribundos, funestos, isquémicos...
oh equÍvocos instalados, solapados, insossos, rotos,
absolutamente lineares
como as vias sem ares...
sem lugares...
portas subvertidas inócuas, indecentes...
oh equÍvocos
exatos que se encaixam sob as cortinas oriundas
fantoches encaixotados sob a linhas incrédulas dos desnorteios viris de machos...
machistas!!!