equívoco macho

...e eu que vivi da ilusão de que ser macho me bastaria

de que a violencia contra a mim mesmo se delinheava sob as sombras pútridas dos equívocos de que ser homem era o que não sou...

oh sangue-suga,

verme,

vampiro,

das funestas rédeas atrevidas hipócritas

atreladas aos corredores enferrujados

pelo tempo verborrágico nutrido dos esquemas deprimentes

das solicitudes magnânimes, unânimes, perenes...

provincias bastardas com seus verbos alados

aos resquicios mesquinhos

com suas asas sem páreos...

oh equívocos soturnos, moribundos, funestos, isquémicos...

oh equÍvocos instalados, solapados, insossos, rotos,

absolutamente lineares

como as vias sem ares...

sem lugares...

portas subvertidas inócuas, indecentes...

oh equÍvocos

exatos que se encaixam sob as cortinas oriundas

fantoches encaixotados sob a linhas incrédulas dos desnorteios viris de machos...

machistas!!!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 01/11/2014
Reeditado em 14/11/2014
Código do texto: T5019715
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