Estações

Em vida, em sentimentalidades,

em corpo, em mente,

em andado, no coração...

Todo acaso, todo agora,

todo passado, em toda emoção,

na radicalidade, em todas as paixões

vida foi acaso, vida foram estações...

Em nós, em verdade e ficção.

Estações que abrangem,

luzes e escuridão.

Em todas as paixões,

em todas as canções,

em várias caras,

em várias nações.

Do ocidente ao oriente,

do Brasil ao Japão,

já fomos frios, hoje talvez mornidão.

Já fomos flores, hoje somos folhas em chão.

Se fomos regresso, hoje buscamos a progressão.

Já fomos não suingues, hoje somos samba...

Já furei, fui cravo. Hoje sou a mais bela rosa.

Já fui vento, tempestade. Hoje dias de sol.

Já fui Judas, fui Nazista. Hoje atuo como João.

Era desafinado. Hoje toco a mais bela canção...

Tristezas, melancolias, solidão, já fui...

Alegria, harmonia, mansidão, sou...

Vida, estações...

Nesse dueto de acasos...

Amor se fez a minha canção,

amor hoje, é estação.

Léo da Silva
Enviado por Léo da Silva em 31/10/2014
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5018883
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