Decote

Em meu raciocínio há um imenso decote

Que põe à mostra o que comigo se passa,

Secretos segredos que guardo das massas

A fim de que meu eu galante tudo suporte.

Há aclives e declives... é intenso latifúndio

Onde semeio urgências da vida que é tola,

Bastardos pensamentos estão numa ampola

Para evitar a dor e não me causar infortúnio...

Região calcária onde se escondem os medos

Alimentadores de mistérios que são desejos

Que, constrangidos, ficam assaz embutidos...

Não os deixo vir à tona... morrem sucateados

Pelo excesso de zelo que são fortes cadeados

E meus devaneios são tímidos e reprimidos!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 31/10/2014
Código do texto: T5018844
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