TRANSBORDANDO ALEGRIA
Todo poder emana do povo?
Minha pátria é minha gente, minha cultura, minha terra
É amor a vida e aversão a guerra, é meu rincão brasileiro
Onde há comandos, poderes, mundos paralelos indecifrados
Há crioulos e branquelos indefinidos, chamados mestiços
Todos lindamente miscigenados, unificados, omissos...
Separados por um preconceito velado, covarde, mascarado.
Onde há crenças, apostasia, fé, feitiço...
Meu povo outrora adotado por uma madrasta vil
Passivamente até agora a espera de uma mãe gentil que nunca existiu
Para amar igualmente com sentimento febril a todos os filhos teus
Com um amor quente que o ódio frio de muita gente
Ainda não extinguiu.
Sou um sonhador realista, um artista amador, um ilustre fora das listas
Sou um sonhador, som e dor em minhas letras e melodias
Escrevo e reescrevo a mesma canção todos os dias
Fragmentos de uma história utópica e nostálgica
Nos meus versos pueris e melancólicos transbordando alegria
Ainda que solitária e somente minha.
Vou transbordando alegria.