Antagônica...
Diga!
Por que derramo,
Se o deserto aqui habita?
Por que o vazio,
Se o sentimento maior me preenche...
Se a alma mente,
O que o coração sente...
E a boca cala,
O que o corpo grita...
Se agora sozinha,
Escorrego... Não caminho...
Diga!
Tanta saúde,
Se me sinto doente,
Por que há esperança,
Tendo secado a semente...
Se o sorriso disfarça,
O choro entre dentes...
Em fim diga...
Por que na face apenas a linha,
Enquanto na alma a ferida é latente,
Por que finjo que odeio,
Se o coração desmente...
Sou amor... Sou dor...
Seca a espera de outra nascente...