Antagônica...

Diga!

Por que derramo,

Se o deserto aqui habita?

Por que o vazio,

Se o sentimento maior me preenche...

Se a alma mente,

O que o coração sente...

E a boca cala,

O que o corpo grita...

Se agora sozinha,

Escorrego... Não caminho...

Diga!

Tanta saúde,

Se me sinto doente,

Por que há esperança,

Tendo secado a semente...

Se o sorriso disfarça,

O choro entre dentes...

Em fim diga...

Por que na face apenas a linha,

Enquanto na alma a ferida é latente,

Por que finjo que odeio,

Se o coração desmente...

Sou amor... Sou dor...

Seca a espera de outra nascente...

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 29/10/2014
Reeditado em 29/10/2014
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