UMA LUVA
UMA LUVA
Fernando Alberto Salinas Couto
Já não forma mais um par,
essa única luva no chão
que veio me emocionar
e abalar o meu coração.
Em tuas mãos já esteve,
protegendo tua pele leve
que, um dia, já acariciei,
quando o teu corpo amei.
Olhando tal luva sozinha,
lembrei todos nossos ais.
Sei que já não és minha
e, talvez, não sejas jamais.
Mas mantendo esperança,
vou seguindo teus passos,
acreditando como criança,
tê-la, feliz, em meus braços.
Todas as luvas dispensar,
para só tuas mãos beijar.
RJ - 24/10/14