" Varinha de Marmelo "

"Varinha de Marmelo "

Meus tempos de criança, traquino sem chinelo

ganhava o mundo, saltando arame farpado

soltava pipa com cerol, dando muitos rélos.

Jogando bola, era o mais veloz no gramado

bolinha de gude, alvo era as vidraças,

guerra de mamonas na ave quero quero.

peralta, nada me prendia, era liso como quiabo

só não escapava das surras de varinha de marmelo.

Hoje recordo minha infância, com muito esmero

minha escola foi a rua, tenho orgulho e venero.

Aprendi que o bom da vida é ser sincero,

a não ser prego e nem martelo.

Se está difícil, dou um tempo e pondero...

Posso envergar, mudar a direção, mas não quebro

sou forte feito varinha de marmelo.

Nilton Cabeça.