Sandices Poéticas

Há às vezes em que as dores me incomodam

e as flores que não germinam impacientam-me

e, os sonhos que semeei inquietam-me;

resta-me o refúgio em uma caneta e um papel

virgem, disposto a entreter meus devaneios

que de momento são incontáveis súplicas,

sandices de poeta, incoerências de poemas

que retumbam no peito desde o amanhecer

até o anoitecer, e, o travesseiro repousa após

os relógios contarem as horas, minha rotina;

acordo às vezes e escrevo minhas dores,

elas se tornaram envelhecidas e crônicas

e, meus analgésicos são insuficientes;

resta-me o refúgio em páginas ainda em branco,

páginas insipidas que preencho à minha dor,

páginas escritas, infinitas poesias de amor,

versos extraviados que inda não sei de cor

e, a noite e o dia se misturam em minha estupidez

e, as alegorias nefastas enlevam à insensatez;

então me debruço à escrivaninha à meia luz

e deixo o vento varrer para longe minhas memórias.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 23/10/2014
Código do texto: T5009639
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