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astros velozes
picotam o céu
te cobrindo de confetes
teus alegres algozes
certas músicas lentas
no rádio da sala
fazem desta quitinete
o epicentro de suas tormentas
haverás de festejar sozinho
a companhia deste seu eu obscuro
um olho no rádio e outro no vinho
e um terceiro olho a derrubar um muro
sombras suspeitas
são espelhos sinceros
era seu o contorno orgulhoso
e a estampa quase perfeita
certos código claros
no rádio da sala
fazem deste cubículo pomposo
o ponto de efusivos disparos
beberás o cabernet do seu segredo
até que então te vires do avesso
uma mão no copo e a outra batendo dedos
e uma terceira mão a anotar um endereço