A REUNIÃO DAS VOGAIS
JB Xavier
Certo dia as vogais se reuniram
Dando iníco às mais sérias discussões.
Porém logo os ânimos explodiram!
Pondo fogo à mesa de reuniões
JB Xavier
Certo dia as vogais se reuniram
Dando iníco às mais sérias discussões.
Porém logo os ânimos explodiram!
Pondo fogo à mesa de reuniões
Disse o ‘A’ - “eu, definitivamente,
Vou provar - e que provem o contrário -
Que sou a mais bonita e a mais pungente
Das letras todas deste abecedário!
Nervoso, disse o ‘E’ – “ Tu és o inverso!!
Pois notes que sequer tu és presente,
E que mesmo sem ti, corre eloqüente
Os intentos contidos neste verso!
Sisudo, pois, o ‘A’ calou em dor.
Mas o ‘E’, que já se continha há meses,
Reforçou: - “eu, na estrofe anterior,
Sou visto exatas vinte e cinco vezes!
E o ‘I’ logo gritou: – “Amigo caro!
Há muito que aguardando, pois, vivi
Para vir lhes mostrar o quanto é raro
As linhas a não incluir o “I”.
Acima, doze vezes apareço!
Portanto não há dúvida nenhuma:
O respeito de todos eu mereço,
Pois lá não apareces vez alguma!
O ‘O’ acrescentou: – “Vejam que empofe!
Não notas que sequer estás presente,
Nos versos tão sonoros desta estrofe,
E tua falta nenhum de nós a sente?
Quinze vezes eu brilho aí em cima!
Confira, conte bem, fique à vontade.
Além do mais, enfeito qualquer rima.
Porque sou o tom da sonoridade.
O ‘U’ então falou: - “Minhas amigas,
Vou lançar um desafio neste instante
Que, espero, ponha fim nas nossas brigas,
Por saber qual de nós é a importante.
Vejam como esta ausência reunida
De nós todas transforma-se em bobagem
Mesmo que seja uma lição de vida,
Alterando a essência da mensagem:
“ vdd fr lm, nm nstnt.
É dnç d lm d crnt.
Ms jnts, tds sms mprtnts,
Trnnd nss mnd ms crnt!”
Assim, vamos nos livrar deste estigma
E deixar de causar mútuo mal.
Eis aí a resposta ao meu enigma -
A mais pura verdade universal:
“A vaidade fere a alma, num instante.
É doença de alma do carente.
Mas juntas, todas somos importantes,
Tornando nosso mundo mais coerente!”
* * *
Vou provar - e que provem o contrário -
Que sou a mais bonita e a mais pungente
Das letras todas deste abecedário!
Nervoso, disse o ‘E’ – “ Tu és o inverso!!
Pois notes que sequer tu és presente,
E que mesmo sem ti, corre eloqüente
Os intentos contidos neste verso!
Sisudo, pois, o ‘A’ calou em dor.
Mas o ‘E’, que já se continha há meses,
Reforçou: - “eu, na estrofe anterior,
Sou visto exatas vinte e cinco vezes!
E o ‘I’ logo gritou: – “Amigo caro!
Há muito que aguardando, pois, vivi
Para vir lhes mostrar o quanto é raro
As linhas a não incluir o “I”.
Acima, doze vezes apareço!
Portanto não há dúvida nenhuma:
O respeito de todos eu mereço,
Pois lá não apareces vez alguma!
O ‘O’ acrescentou: – “Vejam que empofe!
Não notas que sequer estás presente,
Nos versos tão sonoros desta estrofe,
E tua falta nenhum de nós a sente?
Quinze vezes eu brilho aí em cima!
Confira, conte bem, fique à vontade.
Além do mais, enfeito qualquer rima.
Porque sou o tom da sonoridade.
O ‘U’ então falou: - “Minhas amigas,
Vou lançar um desafio neste instante
Que, espero, ponha fim nas nossas brigas,
Por saber qual de nós é a importante.
Vejam como esta ausência reunida
De nós todas transforma-se em bobagem
Mesmo que seja uma lição de vida,
Alterando a essência da mensagem:
“ vdd fr lm, nm nstnt.
É dnç d lm d crnt.
Ms jnts, tds sms mprtnts,
Trnnd nss mnd ms crnt!”
Assim, vamos nos livrar deste estigma
E deixar de causar mútuo mal.
Eis aí a resposta ao meu enigma -
A mais pura verdade universal:
“A vaidade fere a alma, num instante.
É doença de alma do carente.
Mas juntas, todas somos importantes,
Tornando nosso mundo mais coerente!”
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