O baobá de Madagascar
O baobá de Madagascar
O baobá era tão alto
Que à sombra de sua copa
Não se enxergava o ninho
macaco não arriscava salto
corujas não usavam as tocas
se há um vivo, vivia sozinho
para quem olhava do chão
a copa fazia lembrar o céu
a prenda negada ao ímpio
aberta ao batismo do pagão
assina o pecador um papel
ser puro , como no princípio
as folhas bebiam nas nuvens
acumulavam água no tronco
faziam daquilo o seu segredo
aguavam sua própria estiagem
dava sombra a tantos roncos
até a quem vinha em degredo
Em sonho abrigou um Príncipe
Disto alguém chegou a duvidar
Mesmo sendo o sonho Pequeno
Não deixe que sua fé se dissipe
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Desvie nuvens, como um empeno