O baobá de Madagascar

O baobá de Madagascar

O baobá era tão alto

Que à sombra de sua copa

Não se enxergava o ninho

macaco não arriscava salto

corujas não usavam as tocas

se há um vivo, vivia sozinho

para quem olhava do chão

a copa fazia lembrar o céu

a prenda negada ao ímpio

aberta ao batismo do pagão

assina o pecador um papel

ser puro , como no princípio

as folhas bebiam nas nuvens

acumulavam água no tronco

faziam daquilo o seu segredo

aguavam sua própria estiagem

dava sombra a tantos roncos

até a quem vinha em degredo

Em sonho abrigou um Príncipe

Disto alguém chegou a duvidar

Mesmo sendo o sonho Pequeno

Não deixe que sua fé se dissipe

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Desvie nuvens, como um empeno

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/10/2014
Reeditado em 22/10/2014
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