ETERNAS CEREJAS

Não posso negar-me a taça que me embriaga

do excesso de vida. Bebo dela e sorvo tudo

o que existe em volta e no vento faz sentir.

A fina flor do fado a oferecer o mel do vinho,

ela, feito copo de cristal no áspero tronco

esquecido da árvore.

Flor de néctar contido que já produziu frutos,

de que bebi o suco e sinto (ainda) na boca o doce sabor

das eternas cerejas que me coloriram os lábios.

Dalva Molina Mansano

21.10.2014

08:58

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 21/10/2014
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