Pessoas Estranhas e Açucenas
Pessoas estranhas leem poemas,
pessoas estranhas escrevem poesias,
versos e entranhas, signos e emblemas,
poetas e ascetas, vertigens e açucenas
desabrocham na noite, olores sensíveis
relembram poemas, perfumes plausíveis,
vozes e teoremas da boca da noite
que grita o açoite e refaz-se na estrela
que é lume, é mistério algures singelo
e a mão é o martelo e o céu é noturno
em cores de absurdos, aquarela macabra
pintada na madrugada comum à escassez
de um tudo e um nada dessa embriaguez;
pessoas estranhas leem poemas,
pessoas estranhas escrevem poesias,
pessoas estranhas cultivam açucenas,
pessoas estranhas observam estrelas,
pessoas estranhas derramam sentimentos
e o vento refresca pelas janelas do universo
que abrange a flor, o poeta e o verso.
Interação do grande e ilustre Poeta Jacó Filho:
Estranha a nós, mas íntima de Deus,
Viajando em versos pra conhecê-los...
Depois com o intuito de mantê-los,
Usa a inspiração e escreve os seus...