Paineira Velha

Paineira velha abandonada, em completa solidão

Seus galhos cobertos de flores, quase tocam o chão!

Ficou esquecida ao relento, por alguém que lhe plantou

Em uma bela manhã chuvosa, embriagado de amor!

Fazendo juras eternas, que de você cuidaria

Pois era testemunha viva, de tão grande amor que nascia!

E passando o tempo você, uma linda arvore ficou

Esculpindo a sua casca, um coração desenhou!

Deixando dentro dele, um lindo poema de amor

Mas assim como as flores caem, aquele amor também murchou!

E fora minguando aos poucos

Até que se acabou!

E aquele alguém desiludido, com o pobre coração ferido

Também seguiu o seu caminho!

Entre lágrimas doloridas, lamentando a triste vida

Jurou para sempre ficar sozinho!

Assim lhe deixou para trás, ali não voltou nunca mais

E abandonada ficou!

Mas todo ano floresce, daquele amor não se esquece

Também fez juras de amor!

Ainda vive a esperar, aquele alguém retornar

Para enfim poder descansar!

Tombando teu tronco no chão, adormecendo o coração

Que cravado em sua casca ficou!

19/10/14

Luis Antônio Mendonça
Enviado por Luis Antônio Mendonça em 20/10/2014
Reeditado em 21/10/2014
Código do texto: T5005003
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