Paineira Velha
Paineira velha abandonada, em completa solidão
Seus galhos cobertos de flores, quase tocam o chão!
Ficou esquecida ao relento, por alguém que lhe plantou
Em uma bela manhã chuvosa, embriagado de amor!
Fazendo juras eternas, que de você cuidaria
Pois era testemunha viva, de tão grande amor que nascia!
E passando o tempo você, uma linda arvore ficou
Esculpindo a sua casca, um coração desenhou!
Deixando dentro dele, um lindo poema de amor
Mas assim como as flores caem, aquele amor também murchou!
E fora minguando aos poucos
Até que se acabou!
E aquele alguém desiludido, com o pobre coração ferido
Também seguiu o seu caminho!
Entre lágrimas doloridas, lamentando a triste vida
Jurou para sempre ficar sozinho!
Assim lhe deixou para trás, ali não voltou nunca mais
E abandonada ficou!
Mas todo ano floresce, daquele amor não se esquece
Também fez juras de amor!
Ainda vive a esperar, aquele alguém retornar
Para enfim poder descansar!
Tombando teu tronco no chão, adormecendo o coração
Que cravado em sua casca ficou!
19/10/14