Atravessei luares
entre poeiras de estradas
que passaram por mim, que se não me
foram caminhos;
 
talvez espectros de desertos,
e sombras desveladas em estiagens,
quando andavam pelos clarões das cheias
os decrescentes
do eu.
 
Incontáveis noites,
entravam pelas janelas, por esquecimento
ainda abertas;
quando o sono imperava sobre a prudência
e o cansaço me desfazia amparos ao olhar;
 
quantas manhãs
batiam contra janelas veladas,
enquanto se secavam as brancas sombras,
molhadas pelas chuvas melancólicas,
aos chãos.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 18/10/2014
Código do texto: T5003267
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