Selva de Pedra

Nessa selva de pedra transeuntes

apressados não trocam olhares,

caminham trancados em suas jaulas

pessoais, arranha-céus observam

imóveis, cada um em seu lugar.

Nessa selva de pedra a poluição

mental ofusca meus pensamentos

e o sol brilha com diáfanas ideias,

a poesia de concreto é concreta.

Nessa selva de pedra homens-animais

digladiam-se com suas rotinas,

rotas cotidianas inalteradas,

trem, ônibus, metrô e aviões.

Nessa selva de pedra a morte

ronda pelas esquinas da vida

e o verso é o ritmo dos passos

entrelaçados aos olhares do poeta.

Nessa selva de pedra sons e silêncios

em alternâncias com o coração

que titubeante e ofegante

clama por dias de paz.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 18/10/2014
Código do texto: T5003209
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