INÉRCIA

Há dias,

em que sou a pedra,

no meio do caminho.

Insensível,

fico ao espezinho,

do horizonte adiante...

Mal abrigo passarinhos...

Sofro o açoite do vento,

chispas do sol, sem piedade,

humor do tempo, ao relento...

O meu olhar maltrapilho,

caça belezas perdidas,

e se fecha em abandono...

Sem sono, teço ilusões,

no recôndito de mim,

e mergulho em fantasias.

Cansada, durmo em verdade...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 16/10/2014
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