Andorinhas II

Fim

É a vida

Um dia termina

Que não seja vazia

Oca no dia da partida

Tudo que seria não se completou

Tantas tentativas, tomadas de assalto

Sepultavam a germinação ainda na criação

O tombo era grande, caía-se do alto

Por instantes achei que morreria

Que o mundo a meu favor não mais conspiraria

Que cansado estava de tanto lutar e morrer

Que de tanto apanhar acabaria deixando de viver

Mas eis que um pedacinho do tempo me tomou o dia

Veio-me à tona lembranças que me trouxeram alegria

Sorrisos, volúpias, descobertas, criações e poesias

Abraços, afagos, conquistas, vivências do dia a dia

Escalafobeticamente traçou-se em minha estranha mente

Que tudo ocorre aleatoriamente desde a semente ao poente

Que o sim ou o não, a sorte ou o azar, são sinais que criamos

Para viver tentando entender a métrica da vida e quem somos.

Marcelo I Catunda
Enviado por Marcelo I Catunda em 15/10/2014
Reeditado em 16/10/2014
Código do texto: T5000362
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