Primeiro ultimo minuto do “ADEUS”

Quanto mais o meu coração de te se aproxima,

mais o tempo de mim te afasta.

Cada vez que o desejo

me leva a ir ao seu encontro,

te encontro ausente

nos seus braços

para que possas me receber.

A mente assume o reflexo real

e resume te no passado

mas nem com isso

o desejo e a vontade me consomem.

Bramidos agudos

balceando sentimentos famintos

percorrem íntimas e ínfimas rotas

pelos hemisférios do meu coração,

e pela desgraça desses momentos,

o presente e futuro

são nada mais que tagarelas

babando o aroma por te deixado na passarela do meu viver

e por gratidão a ele,

me aventuro em sombras cegas

e vivo-te melado de carência,

na absorvânçia das suas fotografias

prolongando as escrituras da sua história

no comando da embriaguem das minhas trajectórias!

Seus encantos,

mesmo já com tacto despido

ainda tatuam-me sorrisos no rosto.

Quem me dera!...

tela como renda dos meus impostos depositados em gritos silenciosos

a cada vez que me abraço na alma,

todas vezes que nas calmas

a cama me aventura em alturas rasas e vagas

sobre becos e esquinas do nosso vivido e deslumbrado ventre.

Já são escassos os laços

mas ainda cosem me nas garras

do compasso da tristeza

sobre as terras do arrependimento

nesse primeiro ultimo minuto do verdadeiro “ADEUS”!