Psicótico

Nesse plano cartesiano,

Que esboço o paradoxo do meu cotidiano,

Ao ver no horizonte cada casa e cada prédio em brasa que amordaça o assédio de pessoas que acham seus estilos de vida certos,

O que se pode dizer ao ver alguém imaginar, a não ser embarcar em direção ao mar, e nadar contra a correnteza, mesmo sem certeza se amanhã a embarcação vai estar ilesa,

Ou sentar e permanecer em zelo com o regresso, de valores à virtudes submersos e indigestos pelo esquecimento,

Assim como o que invento é levado pelo vento...

Pensar em um mundo perfeito é utopia,

Masse acabar com tudo fosse um direito, o que você faria?

Só assistiria?

Faço crônicas que derrubam tabus de alvenaria,

Como quem faz algo impossível e não sabia,

Não duvidaria se algo que enfrentamos fosse invisível,

O que não é plausível, pra mim é perspicaz,

Enxergo o lado eficaz, que torna minha rima voraz,

Luto pela paz, e não pra agradar, quem quis me matar, agora vai chorar ao ver eu prosperar,

E assim vai esperar que tudo volte, peço que seja forte,

Não acredite em sorte,

Porque nela está o corte que o impede de crescer,

Tente espairecer pra ver que o que te sustenta não são seus próprios pés,

Mas ao invés de reclamar por que não tenta outra vez?

Não entendo vocês,

Seguem uma lógica proposta, fingem gostar do que não gosta,

Pensar que a maneira de viver não vai influenciar no que diz,

E achar que ser maneiro vai te ajudar a ser feliz,

Pelo que fiz vou ser julgado,

Talvez fique impressionado pelo passado que não muda,

Mas me afunda em mágoas profundas de águas oriundas da fonte do arrependimento,

Atento eu sigo até onde der,

Perdoo meu inimigo, se ele quiser...

Lucas Bicske
Enviado por Lucas Bicske em 14/10/2014
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