VISITANDO A ALEGRIA.

Se a alegria não me tem visitado, não importa;

Eu a visito com todas as pompas empurrando a porta.

Esta não pode se queixar, porque mora sempre em mim;

É que a esqueço de vez em quando, e Ela se enrola num manto de dores,

Escondendo atrás muitas alegrias, me criando saudades de muitos amores,

Bate-me forte no peito em tom de mágoas, dizendo este é o fim!

Mas tenho a chave de meu sonhar, onde vive os segredos e os degredos!

Então opto pelo exílio do que não tem mais sentido e abraço a adubação,

Lembrando-me que nu e só, nasci livro e terra, sem letras e sem sementes,

E que se aqui dentro há algum vazio com muitas coisas ausentes,

Bate em mim, bem forte e calejado, um grande e amável coração!