Fogo da Paixão

Fogo contido

geme

como incessante incêndio

gêmeo.

Alastra-se

comendo espaço,

arrastando as flores

que no caos ingressam.

Fogo sempre

decidido,

nunca prudente

torna-se ardido.

Basta-se

crepitando.

Barulhos do despertar

indo, vindo e estando.

Fogo que se alça

nada dista

da minha dor

queimando em vista.

Fogo aceso

coeso.

Labaredas do inferno

que na paixão vejo.

Consome-se

e some e vai sumindo

com o tempo

diminuindo.

Fogo que morre

imperceptível

quase querendo

parecer.

Queima-se

eterno

qual amor

que não se esquece.

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 14/10/2014
Reeditado em 14/10/2014
Código do texto: T4998473
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