Das Torturas de um Sol Escaldante

O sol desabou sobre nossas cabeças

agora navegamos em rios caudalosos

de um fogo que carrega os pensamentos

a lugares longínquos que amenizam o calor.

O sol duplicou o seu rebento

e do céu uma chuva de luz sem igual

vem fritar, torturar nossas poesias

e nosso sertão já é escasso de esperança.

No horizonte há vizires e miragens

de quenturas que causam-nos alucinações

e as flores que outrora eram viçosas

já murcharam em jardins e vulcões.

No horizonte um infante agressivo

e o hoje é reflexo do sol de amanhã

que aterroriza e não ameniza um instante,

que nos olha com olhos de infernos constantes.

O sol desabou sobre nossas cabeças

engolindo a chuva que tarda a chegar,

a umidade são mares do nosso suor

que da fronte incessante tende a desabar.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 13/10/2014
Código do texto: T4997928
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