NUM BANGALÔ

NUM BANGALÔ

Hoje ao som do jazz abri meu bangalô,

Revi um domingo de manhã perdido,

Um convite para o café da manhã...

Neste lindo bangalô esse dia está lá,

O esquecimento do celular em casa,

Seria um ato falho ou de propósito?

Para mim foi puro esquecimento,

Causado pela ansiedade do momento.

Deixo o sol invadir meu bangalô...

Um sorriso branco no rosto negro,

Seria um sorriso para a sedução?

Seria um sorriso de nervosismo?

Acho que nunca soube ou saberei,

Mas numa explosão de desejo e sabor,

Um beijo no corredor, beijo com ardor,

Talvez ficasse apenas numa pegação,

Pegação de domingo de manhã,

Mas a pele falou mais alto que tudo,

A química explodiu como a bomba,

Bomba que arrasou Nagasaki,

A química arrasou o meu coração no beijo.

Explorando meu bangalô ensolarado...

Tenho saudades daquele domingo,

De todos os outros momentos mágicos,

Que guardei em pequenas esferas;

Esferas de cristal finíssimo e escondia-as

Dentro de um lugar especial...

Meu pequeno bangalô de felicidade.

André Zanarella 29-03-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 13/10/2014
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