NAS ENTRELINHAS DE TUA LITERATURA

Quem é você, que mexe tanto comigo,

Numa mistura de tesão com ternura?

E maravilhado eu prossigo,

Extasiado a cada nova leitura.

Por vezes quero ser teu amigo,

Quando escreves com tanta doçura.

Nas tuas sensualidades me instigo,

Disposto às mais sadias loucuras...

Mas sei separar o joio do trigo,

Apreciando com sabedoria madura.

Ao te ler, encontro paz e abrigo,

Alento ante a realidade tão dura.

E fascinado eu prossigo

Nas entrelinhas de tua literatura.

*Sou apenas alguém buscando a força

Para expandir todo o amor e a doçura

Eu não tenho literatura, mas a candura

E esforço-me para dar mais ternura

Se mexo com você, oh, céus!

É que às vezes sou um tanto cru

E retiro os panos e rasgo os véus

Mostrando a carne e a lua

Te deixo um beijo

Te deixo um abraço

No mais é tudo que eu faço

Acarinhar esse meu pobre traço.

*Interação da talentosa Kathmandu, a quem dedico o meu poema.