LUZ
a estrada está iluminada...
luz! muita luz
no horizonte infinito que transpassa
a dor e o sofrimento de saber...
flores nascem e exalam
no jardim imaginário
da floresta do sonho
num vulcão já existente...
a beira do mar...
as flores resistem...
as águas que vêm e que vão...
um castelo de areia...
muitos sonhos, ideais
construídos com a fantasia
de um suor da emoção
alimentado por uma paixão...
mas o movimento contínuo
movido pela água do mar -
intempérie do ser -
destruíram o castelo encantado...
sonhos que um dia existiram
mas que não foram capazes de resistir
a constantes vendavais
que sangram a fantasia...
sonhos e ideais se desmoronam,
se perdem ao vento,
se escondem na floresta
um dia iluminada...
a tragédia do saber...
uma porta que se abre
e não esconde a dor
e a angústia de viver...
o castelo se perdeu
por onde as ondas do mar...
talvez seja possível reconstruí-lo,
mas o mesmo, nunca será...
os olhos procuram...
precisam encontrar...
sempre de braços abertos
procurando resistir...
a esperança que um dia houve
permanece adormecida no recanto
da ilusão e da fantasia
esperando o jogo da labareda...
de braços abertos
os olhos percorrem a estrada iluminada
onde flores existiram...
saída do abismo...