Hoje, eu quero paz

Hoje, por tanto ter-me afligido a vida,
Por tanto ter sofrido, eu só quero a paz.
Prometi a mim mesmo, e hei de cumprir,
Que não me envolverei em discussões inúteis
Sobre você, sobre mim, sobre nós,
Sobre este relacionamento que chegou ao fim.
Prometi, até mesmo, não mais pensar em você!
Só quero me sentar às pedras, à beira da praia,
Deixar que as ondas beijem meus pés cansados
De tanto caminhar à procura de seu aconchego,
Como por tantas vezes eu beijei os seus,...
Pô, eu prometi que não pensaria em você!!!

Caminharia por estradas floridas, pelos campos,
Sentaria à sombra de árvores que me acolheriam,
Até mesmo me permitiriam dormir olhando o céu,
As tantas estrelas que espoucam no firmamento,
Como se lágrimas de felicidade vertidas por virgem,
Colhidas pelos beijos do amado no instante da entrega.
Com a cabeça apoiada em seu colo nu, em suas coxas,
Inebriado com o suave olor que emana de seu ventre,
De seu sexo, que, há instantes, me acolheu,
Extasiado com o contato de sua língua em meus lábios,
Com o deslizar de suas mãos a me procurarem...
Pô, de novo? Eu prometi que não pensaria em você!!!

E encontraria, talvez, alento na leitura de um livro,
onde me livro desta incontida tristeza que me assalta,
encontraria a paz, afinal, que busquei por toda a vida
e somente encontrei em seus braços, na beleza da falta
destes momentos que para sempre levarei comigo,
e que, por mais que prometa, não consigo esquecer.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 11/10/2014
Reeditado em 12/10/2014
Código do texto: T4995616
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