Um caminhar refletido
Um texto. Uma repartição de si mesmo que nunca é essência.
E essa crença, no dizer, mas o que é crer?
Ver o dia, espantar-se com a vida,
Amá-la pelo direito que não se tem,
Gozar a eternidade nomeando alguém.
Quantos vai e vem, de quem tem ou quem devem,
Do além ou para os cem, Tudo é medido,
Vezes atendido, sobremaneira iludido.
Assim é o individuo, que faz cálculos da felicidade,
Perde-se na idade, e se entrega ao querer.
Mas o que é ser, o que é ter, o que é morrer,
Na prática da vida, tudo combinado.
No vacilo do tempo, tudo vai amarrado.
Quantos serão amados, e quantos serão apagados,
Uma missão, uma oração, um coração,
Tudo é nomeado, vezes é cortado, e o ser, para crer,
Segue seu caminho lógico.