Palpites e palpitações

Entre palpites e palpitações

Cada um bate de um lado, e eu ileso

Cada um em seu diálogo mais coeso

Opiniões sobre o outro, percepções

Comumente, rastejando sobre as sensações

Que insistem em chamar de razões e emoções

Que insistem em descontrolar por mais que neguem

Ao momento em que meus passos prosseguem

Volto a me inquietar com as pisadas erradas

Vendo que outras pessoas, em suas passadas

São mais suaves, por mais que elas finjam,

No lado de fora não venta tanto,

Menos ainda sob o frio de um olhar em pranto

Por trás dos óculos escuros,

A sombra de um mundo imaturo

Tão seguro quando passa, ou palpita

Contradizendo com a palpitação de dentro

O palpite de que é saboroso o veneno

Seguir a si, e por sí, seguir negando tudo,

Comprar guerra com o mundo

Que desvalorizou os seu palpite

E cada movimento celular, algo a pensar

Algo que dê suporte ao que acreditar

Mesmo sendo a loucura em sorrisos

Estragado pela luta por agrado

A todo custo, palpites são impecisos