Dúvida cruel
Já não sei se te devasso ou te devasto,
Nesta pluralidade que me ocorre por vez,
Quando percorro com tantos beijos tua tez,
E te sinto como se fosses meu antepasto.
Percorro deslumbrado pela tépida savana
De tuas coxas, vendo mudada em estepe
A circundar o triângúleo jardim serelepe,
De cuja fonte ora sorvo teu néctar, sacana.
E me quedo a conjecturar se te devasso,
Despindo as poucas vestes que te cobrem,
E começo a te amar, antes que sobrem
Razões para me recriminarem no que faço.
Tuas mãos alçadas aos céus, presas por laço,
Convidam-me a sorver este mel abundante
Com que me brinda tua taça, mais que antes,
A cada trago, e me inebria como um devasso.
Já não sei se te devasso ou te devasto,
Nesta pluralidade que me ocorre por vez,
Quando percorro com tantos beijos tua tez,
E te sinto como se fosses meu antepasto.
Percorro deslumbrado pela tépida savana
De tuas coxas, vendo mudada em estepe
A circundar o triângúleo jardim serelepe,
De cuja fonte ora sorvo teu néctar, sacana.
E me quedo a conjecturar se te devasso,
Despindo as poucas vestes que te cobrem,
E começo a te amar, antes que sobrem
Razões para me recriminarem no que faço.
Tuas mãos alçadas aos céus, presas por laço,
Convidam-me a sorver este mel abundante
Com que me brinda tua taça, mais que antes,
A cada trago, e me inebria como um devasso.