Uma Lua no Meio da Rua
(Para João Barbosa, pelo tema)
No alto, resplandecente lua,
No chão, simplesmente rua.
No céu, poeticamente, a lua subia.
Geometricamente, em duas
A rua partia.
O poeta sonha, imagina e cria,
O geômetra pensa, calcula e traça.
Entre os dois a verdade flutua,
A imagem, entretanto não muda,
Aos olhos de quem canta e sonha
Ou aos olhos de quem estuda,
Só existe uma lua,
Uma lua no meio da rua.
(Para João Barbosa, pelo tema)