De um Amor entre Poetisa e Escritor

Aquela mulher estava à espera.

A vi de longe sorrindo, com cara de boba, rindo para o nada.

Eu conheço essa cara, ela está apaixonada,

tive certeza, pois ela caminhava

em direção do homem que despertou nela tanta paixão.

Cabelos ao vento, parecia mais bela.

O homem mudou seu destino.

A mulher parecia não pisar no chão,

ficou suave de tanta paixão;

eu sorri, pois ali havia sintomas

de amor.

Levava ela uma folha na mão

parecia que estava recitando

poema ou canção.

E eu avistei de longe

o homem que não consigo

expressar tal beleza,

era mais que estética

beleza interior com certeza.

O Abraço dos enamorados

irradiava luz, beijos e caricias

envolventes, com certeza

esqueceram-se das horas

eternizando os sentimentos,

tinha algo de diferente.

E para a minha desconfiança,

confirmei, o vi caneta e folhas

do bolso tirar...

Aquela noite, a lua certamente

daria uma festa, era um encontro

de amor, de uma poetisa e de um

escritor, que resolveram tornar

realidade... Palavras.

E eu me distanciei calada

desejando que escrevessem

um dia sobre esse amor

que parecia igual aos que li nos livros

de romance; mas ali tudo mais bonito, no mundo real.

Quem escrevia coisas do submundo

estava ali vivendo sentimentos

verdadeiros, reais e profundos.