Torpor

Torpor

Movimentos gradativamente mais lentos

Embalados pelo aroma trazido pelo vento

Num balanceio do farfalhar das lindas flores

Torpor, transcendência em várias cores

Sonolento, vejo imagens diáfanas vagarem

Pelos recantos da minha mente repousarem

Entre os sons inaudíveis de minha rouca voz

Coração e mente se encontram a sós

Turbilhões de pensamentos se instalam

As falsas sensações anteriores desabam

Enquanto meu soma encontra-se cataléptico

Preso num mundo frio e morfético

E minha subjetiva lucidez dominante

Lastros de inverdades ufanas delirantes

Alfinetam impertinente minha pele

Para que assim a verdade se revele

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 07/10/2014
Código do texto: T4990568
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