Assim

A angústia chega,

toma o coração,

não há o que dizer,

nem o que fazer.

O coração se apequena,

não por si,

mas pelo tamanho da dor.

É muito,

é demais,

indefinível.

Não há como prosseguir,

vou ficar aqui sentada com a minha lágrima esticada no canto do olho, onde ela nasce e morre,

e nasce de novo.

Nem sei porque eu comecei,

não é possível falar dela.

Aperta,

aperta,

aperta.

Sangra,

massacra,

castiga.

Não lido com o desespero porque sei,

lido porque ele existe.