Pedras e Peles

Pedras que piso com a pele da sola
Minhas raízes que norteiam células 
E deixam em pé o ontem e o agora 
Um esqueleto vertical numa escora.

Pedras que friso com a alma alada
Sombreando o vácuo do vício torto
Risco na pena do sentimento forte
E profetizo na rocha a vida tatuada.

Pedras que miro com olhos sabidos 
A dinamite da febre na minha testa
Mal do meu bem e bem do meu mal
O suor infesta de sal poros ardidos.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 07/10/2014
Reeditado em 09/10/2014
Código do texto: T4989961
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