Olhando o Horizonte, fugi de dentro de mim.
Em pé olhando ao horizonte,
Parece que tenho um corpo vazio, não estou nele.
Meus pensamentos voam longe, para outros mundos,
E mundo olho tudo e nada vejo.
Meu olhos são janelas imóveis,
Que apenas refletem tudo a sua frente,
Meus pensamentos, estes sim tem corpo,
E falam milhões de silêncios dentro de mim.
O ar volta a penetrar em meus pulmões,
Sinto novamente a doçura dos cantos dos pássaros,
Volto a minha realidade, esvai-se o êxtase,
E novamente estou preso ao corpo que havia abandonado.
Já não sou tão seguro, tenho medos,
E não mais posso ser tão leve a ponto de voar,
Aqueles segundos que se foge a realidade,
Parece eterna, terna e doce,
Grandiosa demais,
Para apenas alguns segundos.