ALUCINAÇÕES
desertos úmidos de areias invisíveis...
aridez imensurável de delírios não falados...
grito sufocado na seca imaginada...
sussurro murmurado na cascata da surdez...
lágrimas que escorrem na face deformada...
palavras não ditas, sufocadas no pântano...
é água que desce, é água que sobe,
é pedra que rola, é pedra que enterra...
bifurfação imagnária da alucinação
de banquetes jamais degustados
e jamais experimentados e jamais sentidos...
imaginação gritante do silêncio que se derrama
no choro sentido da não compreensão
inverídica da verdade jamais dita...
maldição de querer
e redenção de permitir...
opostos que se unem
no objetivo único e imensurável
do desejo que se cala na noite
em que o sol se põe insuportavelmente
claro dentro da lua que surge...
a lágrima rola dentro do cansaço
absoluto de submergir
submissamente ao jorro
final e inicial, cartesianamente
e absolutamente de te querer...