DESILUSÃO
Só guardo máguoas e ais
apinhados nos tropeços
da estrada.
Só guardo mágoas e ais.
Os meus braços
não mais se erguem
em gritos alegres.
Cada riso,
cada rosto
cada esquina,
sem brilho,
sem fevor.
Sem propósito
fecham-me as portas
das estrelas.
Roubaram-me o canto
e os roxinóis
Maldosamente
despiram-me de alegria.
Levaram-me a alma
e assim
perdi os sonhos
e fantasias.