A tempestade de Apolo

A Aurora mais um vez fabulosa outra dia veio nos dar,

neste dia, idealizado, ao teu lado sonhei estar, um magnífico desvario.

Apolo, tamanho de um homem, luz de um deus,

viestes desvirginando meus pensamentos com malícias e tormentos.

O céu estava turvo, o vento anunciava uma outra tempestade,

eu sabia que desta não poderia escapar, fui para o teu lado,

Apolo, do tamanho de um homem, uma luz de um deus,

agarrei em tuas mãos Apolo, a tempestade triste e bruta

começou, e como eu sou, as tuas mãos fortes eu fui agarrar;

Apolo, luz de um deus, tu me ignorastes, em um breu fez-me estar,

o primeiro chuviscar tanta dor me causava, e eu só tentava suas mãos

tocar, queria veementemente sentir aquele calor, eu queria que

tu apertasses minhas mãos com domínio e violência; Apolo,

do tamanho de um homem, minha clemência tu não hás

de escutar, vá Apolo, luz de um deus, para bem longe,

aqui na tempestade sem mãos quentes eu quero ficar,

pois por mais severa que seja a tempestade, com ou sem você,

eu sei que ela haverá de passar.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 03/10/2014
Reeditado em 07/08/2015
Código do texto: T4986206
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