Por vezes me sinto
Por vezes me sinto como um boxeur encostado
Ao canto das cordas, acuado, luvas baixadas,
No aguardo do golpe fatal que me dê cabo,
Que de uma vez faça esta luta terminada.
Por tanta vezes ansiei sentir em meus lábios
Este doce amargo sabor da redentora cicuta,
A se espraiar pela garganta, pelo peito sábio
De encontrar a paz neste mundo filho da puta.
Por quantas vezes ansiei pelo sono redentor,
Eterno, que de uma vez por todas me redimisse
De continuar a viver neste mundo sem amor,
Livre, afinal da tamanha dor que me afligisse.
É difícil sentir e cantar o amor em poesia,
Difícil sorrir quando, triste, a alma chora,
A procurá-la, debalde, e se vê a cama vazia,
E se constata que, afinal, você foi embora.
Por vezes me sinto como um boxeur encostado
Ao canto das cordas, acuado, luvas baixadas,
No aguardo do golpe fatal que me dê cabo,
Que de uma vez faça esta luta terminada.
Por tanta vezes ansiei sentir em meus lábios
Este doce amargo sabor da redentora cicuta,
A se espraiar pela garganta, pelo peito sábio
De encontrar a paz neste mundo filho da puta.
Por quantas vezes ansiei pelo sono redentor,
Eterno, que de uma vez por todas me redimisse
De continuar a viver neste mundo sem amor,
Livre, afinal da tamanha dor que me afligisse.
É difícil sentir e cantar o amor em poesia,
Difícil sorrir quando, triste, a alma chora,
A procurá-la, debalde, e se vê a cama vazia,
E se constata que, afinal, você foi embora.