Sem saber de onde é que vem,
Nem como vem essa tal poesia,
Escrevi isto aqui, ainda agora,
Pensando em você, querendo você,
Querendo saber sobre este pensar,
Pensando muito sobre este querer,
Sentindo no fundo que posso até voar,
Temendo que talvez eu possa até morrer,
Se nada souber sobre este pensar,
Se não mais pensar sobre este querer.
 
Poesia é palavra arrancada de dentro,
A palavra e a vontade dela, a necessidade,
Nasce doendo, gritando, ardendo, sangrando,
Nasce rasgando...
 
E vive cantando dilacerada aqui dentro do peito.
E poesia é quase isso, talvez um pouco disso,
Não é o que a torto e direito vamos imaginando,
É o mais perfeito que vamos vivendo
No mais imperfeito que temos.
 
Uns preferem a fala fácil, fútil, inútil, vazia,
Outros enfeitam inutilmente de flores os horrores.
E alguns falsos poetas chamam isto de poesia.
 
A poesia que arde em mim sabe que isso são amores,
Com todas aquelas cores que poesia nenhuma imaginaria...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 03/10/2014
Reeditado em 09/01/2021
Código do texto: T4985885
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